Existe alguma regra que não me permita retornar a um antigo Blog onde nao escrevo a quase 2 anos? Se existe, estou quebrando!
Muitos pensamentos rodeam minha cabeça, sobre os mais diversos assuntos. E me pergunto que bem eu faço em torná-los públicos. Pra que esse negócio de falar sobre o que se passa aqui dentro?? E chego a conclusão de que a resposta é: Fomos feitos para isso. Fomos feitos para nos relacionar uns com os outros. Pessoalmente seria uma forma mais completa de relacionamento, mas diante de certas impossibilidades, as vezes fisicas, as vezes de outras naturezas isso se torna praticamente impossível... Sendo assim, apelo ao relacionamento dito virtual. Pra dizer pra alguns que eles não estão sozinhos, pra dizer para outros que eu entendo, pra que uns fiquem espantados e decidam rever conceitos, pra que outros discordem e dialoguem a respeito da vida. Pra gente conversar, pra gente se ajudar, pra gente aprender a respeitar, pra aprender a valorizar. Não, isso não vai ser trocado pelo bom e velho encontro, com direito a abraço e beijo e olhos nos olhos. Mas uma coisa não exclui a outra...
Vamos caminhando e compartilhando que a vida vai se enchendo de mais sentido...
terça-feira, 20 de março de 2012
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Dor
Viver as vezes eh tao cansativo. O que ja fiz nao posso mais voltar atras e desfazer caso nao de certo, o que ainda vou fazer nao sei se vai dar certo entao como escolher?? E nao me venha com frases feitas, porque na realidade do mundo real em que eu vivo, suas frases feitas nao me ajudam em nada. E quando vc caminha depois de uma certa decisao e as coisas estao dando certo, mas aih vc se pega olhando pra tras e pensando que talvez tivesse sido melhor dobrar a direita ao inves da esquerda, mas vai que voce volta pra tentar mudar e acaba perdendo os dois caminhos e fica preso na encruzilhada de vazio da dor? O que fazer?
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Amor, sublime amor
Bem-aventurados aqueles que nunca levaram uma surra de cinto.
Isso é verdade.
Dói muito.
E depois ainda vem o ardor.
Mas o pior de tudo é o durante.
Quando você olha nos olhos de seu pai e você vê, além de raiva, frustração.
Não dá pra saber o que ele está pensando.
Alguns acham que é satisfação, alegria.
Pra mim, é decepção. E sentir isso vindo de alguém que ama tanto, dói.
A dor do impacto é quase nada. A dor de dentro é muito pior.
É quase como se visse cada lágrima derramada, não de satisfação, mas de amor. Cada lágrima de amor, amando cada vez mais. Mesmo frustrado, decepcionado. Aquele amor nunca vai diminuir.
Por que nossos pais nos batem? Por que nos deixam de castigo?
Porque nos amam.
Simplesmente.
Bem-aventurado aqueles que nunca levaram uma surra de cinto.
Isso é verdade? Não é verdade.
É dessa forma que sinto amor.
Mal-aventurados aqueles que nunca levaram uma surra. Seja de seu pai, de sua mãe. De alguém que lhe ama. Mesmo de Deus.
As surras dEle são as mais doloridas. Mas são as que correm maiores lágrimas. Lágrimas de um amor que jamais irei entender.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Diversidade
Estava navegando na internet e a tv estava ligada. Comecou uma propaganda com uma musica muito triste, uma melodia de cortar o coracao, pensei que era alguma coisa como uma catastrofe, guerras... sei la. Quando paro o que estava fazendo pra olhar a tv vi um cachorro, depois um gato... Na hora pensei: ha?! Lembrei logo da minha tia que ama animais, ela teria chorado, ligado, feito uma doacao, ido ate la pra conhecer o local. E nao eh q eu nao goste de animais, de forma alguma, mas eu simplesmente nao teria nem pensado sobre o assunto. Percebi o quanto somos diferentes e o quanto uns completam os outros. Eh tao facil perceber que diversidade nos une, nos entrelaca. As vezes eh muito dificil conviver com as diferencas, entender o que o outro sente. Perceber que o que nao eh tao importante pra voce significa muito pra alguem. Mas quando a gente consegue e se esforcar pra participar das dores e alegrias juntos. Coisas incriveis acontecem. Sabe, a gente eh tudo diferente mesmo... Mas se a gente fosse tudo igual ia ser um saco...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Acordo
Stênio Marcius
Me diga, andorinha, você que já voou o mundo inteiro
Se houve um momento só, por cima de um continente
Por sobre qualquer cidade, em que te faltou o céu?
Será que o infinito espaço a teu redor é suficiente
Pra voares livre e viver feliz?
Me diga, peixinho dourado, senhor do vasto oceano
Que brinca nas correntezas, se esconde em velhos navios
Mergulha nas profundezas, sem nunca chegar ao fim
Será que os 7 mares que são teus têm bastante água
Pra nadares livre e viver feliz?
Puxa uma cadeira, minh'alma, que eu quero te perguntar
Porque me roubas a calma, me botas tristeza no olhar?
Vamos entrar num acordo, vida tranquila viver
Lembra daquilo que o Mestre falou: "A minha Graça te basta!"
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Ciclos. Círculos.
"Amor, me perdoa. Por favor, me perdoa. Não era o que eu queria. Não era. É você que eu quero. Só você. Por favor. Eu não consigo viver sem você. Não consigo mais respirar sem você, você é o amor da minha vida.
Eu sei que já disse isso, eu sei que já prometi que nunca mais ia acontecer. Mas dessa vez é sério. Foi quase um acidente, amor. A gente só se beijou uma vez. Por favor me perdoa. Não consigo viver sem você. "
Não consegui ler mais. A vista foi ficando turva. Não tinha mais lágrimas pra chorar. Como podia ter feito aquilo? Era o meu amor, só meu. E foi de outra pessoa. De novo.
Eu não aguento mais. Só pode ser brincadeira. Como pode existir uma pessoa tão cara-de-pau? Pra vacilar do mesmo jeito, com a mesma pessoa? A mesma coisa. Duas vezes.
Acho que trouxa fui eu, que caí na mentira. Na pura armação. Melhor me afastar e deixar os dois serem felizes juntos.
Eles vão ser felizes. E eu? Quem vai enxugar minhas lágrimas? Quem vai me dar um abraço forte? Um "eu te amo" verdadeiro? Alguém se habilita?
Nada. Ninguém.
Como é? Quem?
Ha, ha. Tá bom. Ele me ama de verdade? Ele nem existe. Um monte de gente aí fala dele mas eu não acredito não. Se ele fosse de verdade, o mundo não estaria como está hoje. Só tem desgraça. Cadê ele pra ajudar? Que amor é esse?
Do jeito que eu sou? Que amor é esse? Isso não existe. Alguém já me disse isso e eu, de trouxa, acreditei. E pra quê? Só pra me fazer sofrer. Só pra me fazer chorar, me deixar na mão.
Eu não quero. Não mereço esse suposto "amor". Não quero. Pode dizer para ele que não quero que me ame. Não importa, você não disse que consegue falar com ele, que ele atende suas rezas, suas "orações". Pois fale com ele, e peça pra ele deixar de me amar. Não quero carregar esse fardo de alguém me amar, mesmo que eu não acredite nele. Não quero.
Será que eu não quero mesmo? Poxa é amor. Quem não quer amor? E, se eu não posso vê-lo, ele não pode me trair, pode? Até por que se ele for ele mesmo, então ele pode estar em todo lugar. Ele é de todo mundo, pai de todo mundo. Não pode me trair.
Mas eu tenho medo. Não quero sofrer de novo. Se me traírem mais uma vez...eu...nem sei o que faço.... será que vale a pena tentar?
Vale a pena tentar?
Outro qualquer.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Alvorada.
Ao olhar para os primeiros raios de sol que surgiam, Mel remexeu-se quase imperceptivelmente. Seus dedos crisparam-se, revelando uma enorme inquietação interior. O seu cabelo, antes muito bem cuidado, tinha um castanho fosco, despenteado, sem vida. A vida, a vida dela não era mais a mesma desde que ele fora embora. Sem que ela pudesse controlar, seu pensamento cruzou o tempo, mostrando lembranças de momentos felizes. Soluço. Gosto de sal na boca.
A alvorada se pronunciava. A bela moça de cabelos cor de cobre olhou para o céu cheio de nuvens. Lindo. Uma visão inesquecível. Um dos melhores momentos de sua vida. Só para confirmar, virou a cabeça, os olhos procurando aquele que era a razão de sua felicidade. Um sorriso dele aqueceu seu coração e fez arrepiar seus braços. O rapaz envolveu-a em um abraço forte, longo, que quase a deixou sem respirar. Ela adorava esse abraço. Os dois pareciam feitos um para o outro. A moça aninhou-se ainda mais nos braços daquele que mudara sua vida. Marco transformara um mar de dor em felicidade. Nada poderia destruir essa felicidade. Nada.
Apenas uma lembrança. O pensamento passou como um choque pelo corpo da moça. Lágrimas correndo por um rosto bonito, jovem, coberto por um espesso cabelo castanho, muito bem cuidado. A face revelava um ódio contínuo, ferido, daqueles que nem o tempo pode apagar. Seus olhos gritavam o que nem mesmo palavras tinham poder de expressar. Ela jamais conseguira esquecer aquele olhar. Sentia-se mal cada vez que lembrava. Aquele olhar a fazia sentir-se uma traidora, uma criminosa, uma ladra.
Mel odiava aquela que roubara sua felicidade. Mal podia acreditar que, depois de tantas juras de amor, tantos beijos, tantos abraços que a deixavam sem fôlego, Marco a deixara por outra. De um dia para o outro, sem sobreaviso. Simplesmente se fora, deixando uma tulipa vermelha como último presente. A flor não sobrevivera nem cinco minutos depois de sua partida. Mel a rasgara como Marco rasgara seu coração. Agora, naquelas primeiras horas da manhã, enquanto ela chorava e sofria por um amor que não a merecia, ele estava com outra.
Ela sentira-se como a outra. Mas não por muito tempo. As palavras de Marco, seus presentes, seus olhares a tornaram a única, aquela que tinha seu coração. O remorso que sentira por tirar o rapaz de outra diminuíra, ficando apenas a lembrança daquele rosto. Nem mesmo o nome ela lembrava.
Mel lembrava. Lembrava de todos os detalhes. A outra era bonita, olhos verdes, cabelos com uma cor de cobre exótica, inesquecível. Marco não tinha como resistir. Talvez tivesse. Se a amasse de verdade, ele teria resistido. Mas por que ela não conseguia esquecê-lo? Por que as lembranças a perseguiam como flechas rasantes, cortando seu corpo pouco a pouco? Ela não sabia mais o que fazer. Só restava esperar a dor passar. Esperar que o dia que começava trouxesse coisas boas, sorrisos, quem sabe um novo amor. Esperar que aqueles primeiros raios de sol sejam prenúncios de um tempo melhor. Esperar.
Marco precisava sair. Júlia não queria deixar. Queria ficar em seus braços apenas um pouco mais. Ele desvencilhou-se dela, carinhosamente, com cuidado e foi arrumar-se. Ela foi para a varanda, contemplar o resto da alvorada. O calor vindo de lá era incomparavelmente inferior ao do corpo de seu amado, mas ainda assim era bom. Júlia permitiu-se devanear, aproveitar cada momento de sua felicidade. Nada poderia destruí-la. Nada.
Marco estava pronto. Silencioso como sempre, deixou uma lembrança em cima da cama. Olhou para a varanda, como para memorizar aquela última imagem. Júlia linda, numa varanda incrível, contemplando a alvorada. Essa ele nunca ia esquecer. Sem um ruído, o rapaz saiu porta afora. Em cima da cama, refletindo os raios de sol, estava uma flor. Uma tulipa vermelha.
A alvorada se pronunciava. A bela moça de cabelos cor de cobre olhou para o céu cheio de nuvens. Lindo. Uma visão inesquecível. Um dos melhores momentos de sua vida. Só para confirmar, virou a cabeça, os olhos procurando aquele que era a razão de sua felicidade. Um sorriso dele aqueceu seu coração e fez arrepiar seus braços. O rapaz envolveu-a em um abraço forte, longo, que quase a deixou sem respirar. Ela adorava esse abraço. Os dois pareciam feitos um para o outro. A moça aninhou-se ainda mais nos braços daquele que mudara sua vida. Marco transformara um mar de dor em felicidade. Nada poderia destruir essa felicidade. Nada.
Apenas uma lembrança. O pensamento passou como um choque pelo corpo da moça. Lágrimas correndo por um rosto bonito, jovem, coberto por um espesso cabelo castanho, muito bem cuidado. A face revelava um ódio contínuo, ferido, daqueles que nem o tempo pode apagar. Seus olhos gritavam o que nem mesmo palavras tinham poder de expressar. Ela jamais conseguira esquecer aquele olhar. Sentia-se mal cada vez que lembrava. Aquele olhar a fazia sentir-se uma traidora, uma criminosa, uma ladra.
Mel odiava aquela que roubara sua felicidade. Mal podia acreditar que, depois de tantas juras de amor, tantos beijos, tantos abraços que a deixavam sem fôlego, Marco a deixara por outra. De um dia para o outro, sem sobreaviso. Simplesmente se fora, deixando uma tulipa vermelha como último presente. A flor não sobrevivera nem cinco minutos depois de sua partida. Mel a rasgara como Marco rasgara seu coração. Agora, naquelas primeiras horas da manhã, enquanto ela chorava e sofria por um amor que não a merecia, ele estava com outra.
Ela sentira-se como a outra. Mas não por muito tempo. As palavras de Marco, seus presentes, seus olhares a tornaram a única, aquela que tinha seu coração. O remorso que sentira por tirar o rapaz de outra diminuíra, ficando apenas a lembrança daquele rosto. Nem mesmo o nome ela lembrava.
Mel lembrava. Lembrava de todos os detalhes. A outra era bonita, olhos verdes, cabelos com uma cor de cobre exótica, inesquecível. Marco não tinha como resistir. Talvez tivesse. Se a amasse de verdade, ele teria resistido. Mas por que ela não conseguia esquecê-lo? Por que as lembranças a perseguiam como flechas rasantes, cortando seu corpo pouco a pouco? Ela não sabia mais o que fazer. Só restava esperar a dor passar. Esperar que o dia que começava trouxesse coisas boas, sorrisos, quem sabe um novo amor. Esperar que aqueles primeiros raios de sol sejam prenúncios de um tempo melhor. Esperar.
Marco precisava sair. Júlia não queria deixar. Queria ficar em seus braços apenas um pouco mais. Ele desvencilhou-se dela, carinhosamente, com cuidado e foi arrumar-se. Ela foi para a varanda, contemplar o resto da alvorada. O calor vindo de lá era incomparavelmente inferior ao do corpo de seu amado, mas ainda assim era bom. Júlia permitiu-se devanear, aproveitar cada momento de sua felicidade. Nada poderia destruí-la. Nada.
Marco estava pronto. Silencioso como sempre, deixou uma lembrança em cima da cama. Olhou para a varanda, como para memorizar aquela última imagem. Júlia linda, numa varanda incrível, contemplando a alvorada. Essa ele nunca ia esquecer. Sem um ruído, o rapaz saiu porta afora. Em cima da cama, refletindo os raios de sol, estava uma flor. Uma tulipa vermelha.
Outro qualquer.
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